sábado, 27 de outubro de 2012

Quas Primas - Encíclica do Papa XI sobre Cristo Rei

Salve Maria!


Hoje trazemos aos leitores e amigos do blog a encíclica Quas Primas, escrita pelo saudoso Papa Pio XI, em 11 de dezembro de 1925, na qual foi constituída a Festa de Cristo Rei, que comemoraremos amanhã, dia 28/10, na Forma Extraordinária.

***




Pio XI

Sobre Cristo Rei

(Quas Primas)


II EDIÇÃO
1950
EDITORA VOZES LTDA., Petrópolis, R. J. RIO DE JANEIRO — SÃO PAULO

IMPRIMA-SE
POR COMISSÃO ESPECIAL DO EXMO. E REVMO. SR. DOM MANUEL PEDRO DA CUNHA CINTRA, BISPO DE PETRÓPOLIS. FREI LAURO OSTERMANN O. F. M, PETRÓPOLIS, 9-11-1950.



CARTA ENCÍCLICA
aos Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, Bispos e Outros Ordinários em paz e comunhão com a Sé Apostólica: sobre Cristo Rei.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ida dos bispos brasileiros ao Concílio Vaticano II e primeira Missa num avião



[09-10 outubro 1962]

Era já noite, lá pelas 21 horas do dia 9 do corrente, quando o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, era invadido por mais de 100 prelados da Santa Igreja, Arcebispos e Bispos, mineiros e paulistas, gaúchos e goianos, matogrossenses e paranaenses, cariocas e capixabas, Padres Conciliares do Centro e Sul do País, a fim de seguirem para Roma, chamados pelo Papa, para o Segundo Concílio Ecumênico do Vaticano.
Muitos outros Bispos, preferindo a via marítima, já aportavam em terra da Europa ou para lá se encaminhavam.

Aeronave da Panair Cortesia do Governo brasileiro para a viagem dos Padres conciliares brasileiros 

Para nós outros, mais ousados talvez, lá estava, na pista do Galeão, o possante DC-8 a jato, da Panair, prefixo PDS, gentilmente oferecido pelo Presidente da República Dr. João Goulart, em homenagem ao grande Concílio Ecumênico. Aliás, representando o Sr. Presidente, lá estava, também, no Aeroporto, o Cel. Albino da Silva, Chefe da Casa Militar da Presidência da República. E, mais que tudo, como garantia da viagem, ilustre passageiro nos acompanhava. Era o próprio Diretor da Panair do Brasil Dr. Paulo Sampaio.
De súbito, ouviu-se o alto-falante: “Senhores passageiros da Panair, com destino a Roma, escala em Recife e Lisboa, por favor, façam suas despedidas e se apresentem ao portão de embarque”.

Eram já quase 22 horas quando decolava e roncava, céus afora, o enorme pássaro de aço, a caminho da Cidade Eterna. Entoamos, então, a “Salve Regina”. Viajávamos a 10.000 metros de altura, numa velocidade de quase 1000 quilômetros a hora. Faltavam 15 minutos para meia-noite, quando aterrissamos no Aeroporto dos Guararapes, na cidade do Recife. Imensa multidão se aglomerava à nossa espera. Eram velhos conhecidos e amigos. Eram padres e seminaristas, freiras e numerosas Irmãs de Caridade. Eram, sobretudo, outros valentes colegas no Episcopado que iriam juntar-se à nossa caravana.

Após carinhosa saudação aos Bispos por parte do Chefe da Casa Civil Dr. Hugo de Faria, e do agradecimento em nosso nome feito por Dom Hélder Câmara, de novo nos acomodávamos no bojo do avião e rompemos as nuvens carregadas. Lá em cima, brilhavam as estrelas e a lua se afogava no mar.
Às 4 horas, mais ou menos (hora do Brasil), já o dia clareava para nós. Atravessando o Atlântico em tão grandes alturas, eu me lembrava de quatro séculos passados, quando os descobridores cortavam os sete mares! Que diferença, meu Deus! A Europa agora estava tão perto. Olhamos para as bandas do Oriente e nos assustamos com uma nuvem escura e medonha que subia… Figuramo-nos às cenas de Lusíadas: “Tão temerosa vinha e carregada, que pos nos corações um grande medo…”.

Felizmente, porém, o gigante a jato se atirou sereno, roncando forte, sem receios… e o novo Adamastor se perdeu distante no caminho. Pela janela da aeronave entrava de cheio a luz solar, acordando irreverente Suas Excelências, que dormiam a sono solto.

Dom José de Medeiros Delgado, então Arcebispo do Maranhão Rezou, por indulto de João XXIII, a primeira missa num avião 


Foi, então, que soou a voz de Dom Hélder Câmara: “Vamos ter a Santa Missa a bordo do avião. É uma concessão especial do Santo Padre. É a primeira vez que se celebra em tão grande altura”.
De fato, pouco tempo depois, o Arcebispo do Maranhão Dom José Delgado iniciava o Santo Sacrifício da Missa, acompanhado pelos 120 Bispos brasileiros.

Viajávamos a 11.500 metros sobre o Oceano. Era emociante ver aqueles Prelados todos se acotovelando no bojo do avião, para participarem, todos, da Sagrada Eucaristia. Ao dar a Ação de Graças, lembramo-nos de Frei Henrique de Coimbra quando, séculos passados, após longos meses no dorso do Oceano, ia esbarrar no ilhéu da Coroa Vermelha, para a Primeira Missa no Brasil. Graças, meu Deus! Aqui estão os mais de 100 Bispos trazendo a Portugal, numa mensagem de Fé, a mais bela resposta de uma nação cristã, conquistada à sombra da Cruz.

Às 10h30 (hora da Europa), descíamos em Lisboa, debaixo de uma chuva persistente. Demora curta, para tomarmos logo o destino de Roma. Mais três horas de viagem e furamos a massa de nuvens para aterrizar no Aeroporto “Fiumicino” da Cidade Eterna.

Para onde iremos? A multidão de Bispos da Terra da Virgem de Aparecida tinha uma casa de portas abertas, melhor que o mais fino Hotel de Roma, com um apartamento para cada Bispo, e tudo gratuito é tudo carinhosamente preparado. É um belo edifício, pertinho do Pio Brasileiro. É a “Domus Mariae”. É a Casa de Nossa Senhora, nossa Mãe e Padroeira.
+ Belquior Joaquim da Silva Neto, C.M
Bispo titular de Cremma e Coadjutor de Luz

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Homilia do Papa Bento XVI na abertura do Ano da Fé



HOMILIA
Santa Missa de abertura do Ano da Fé
Praça São Pedro - Vaticano
Quinta-feira, 11 de outubro de 2012



Venerados Irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, com grande alegria, 50 anos depois da abertura do Concílio Vaticano II, damos início ao Ano da fé. Tenho o prazer de saudar a todos vós, especialmente Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca de Constantinopla, e Sua Graça Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária. Saúdo também, de modo especial, os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais católicas, e os Presidentes das Conferências Episcopais. Para fazer memória do Concílio, que alguns dos aqui presentes – a quem saúdo com afeto especial - tivemos a graça de viver em primeira pessoa, esta celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos: a procissão inicial, que quis recordar a memorável procissão dos Padres conciliares, quando entraram solenemente nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia daquele que foi utilizado durante o Concílio; e a entrega das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica, que realizarei no termo desta celebração, antes da Bênção Final. Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido. E este sentido foi e ainda é a fé em Cristo, a fé apostólica, animada pelo impulso interior que leva a comunicar Cristo a cada homem e a todos os homens, no peregrinar da Igreja nos caminhos da história.

O Ano da fé que estamos inaugurando hoje está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo VI, que proclamou um "Ano da Fé", em 1967, até chegar ao o Grande Jubileu do ano 2000, com o qual o Bem-Aventurado João Paulo II propôs novamente a toda a humanidade Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre. Entre estes dois Pontífices, Paulo VI e João Paulo II, houve uma profunda e total convergência na visão de Cristo como o centro do cosmos e da história, e no ardente desejo apostólico de anunciá-lo ao mundo. Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus. Ele é o cumprimento das Escrituras e seu intérprete definitivo. Jesus Cristo não é apenas o objeto de fé, mas, como diz a Carta aos Hebreus, é aquele “que em nós começa e completa a obra da fé” (Hb 12,2).

O Evangelho de hoje nos fala que Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro e perene sujeito da evangelização. “O Espírito do Senhor está sobre mim, / porque ele me consagrou com a unção / para anunciar a Boa-Nova aos pobres” (Lc 4,18). Esta missão de Cristo, este movimento, continua no espaço e no tempo, ao longo dos séculos e continentes. É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, impele a levar a Boa-Nova aos pobres, tanto no sentido material como espiritual. A Igreja é o instrumento primordial e necessário desta obra de Cristo, uma vez que está unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Estas foram as palavras do Senhor Ressuscitado aos seus discípulos, que soprando sobre eles disse: “Recebei o Espírito Santo” (v. 22). O sujeito principal da evangelização do mundo é Deus, através de Jesus Cristo; mas o próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos infundindo o Espírito Santo nos discípulos, o mesmo Espírito que repousou sobre Ele, e n’Ele permaneceu durante toda a sua vida terrena, dando-lhe a força de “proclamar a libertação aos cativos / e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

O Concílio Vaticano II não quis colocar a fé como tema de um documento específico. E, no entanto, o Concílio esteve inteiramente animado pela consciência e pelo desejo de ter que, por assim dizer, imergir mais uma vez no mistério cristão, para poder propô-lo novamente e eficazmente para o homem contemporâneo. Neste sentido, o Servo de Deus Paulo VI, dois anos depois da conclusão do Concílio, se expressava usando estas palavras: “Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala da fé a cada página, reconhece o seu caráter vital e sobrenatural, pressupõe-na íntegra e forte, e estrutura as suas doutrinas tendo a fé por alicerce. Bastaria recordar [algumas] afirmações do Concílio (...) para dar-se conta da importância fundamental que o Concílio, em consonância com a tradição doutrinal da Igreja, atribui à fé, a verdadeira fé, que tem a Cristo por fonte e o Magistério da Igreja como canal” (Catequese na Audiência Geral de 8 de março de 1967).

Agora, porém, temos de voltar para aquele que convocou o Concílio Vaticano II e que o inaugurou: o Bem-Aventurado João XXIII. No Discurso de Abertura, ele apresentou a finalidade principal do Concílio usando estas palavras: “O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz. (...) Por isso, o objetivo principal deste Concílio não é a discussão sobre este ou aquele tema doutrinal... Para isso, não havia necessidade de um Concílio... É necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e apresentada de forma a responder às exigências do nosso tempo” (AAS 54 [1962], 790791-792).

À luz destas palavras, entende-se aquilo que eu mesmo pude então experimentar: durante o Concílio havia uma tensão emocionante, em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no hoje do nosso tempo, sem sacrificá-la frente às exigências do presente, nem mantê-la presa ao passado: na fé ecoa o eterno presente de Deus, que transcende o tempo, mas que só pode ser acolhida no nosso hoje, que não torna a repetir-se. Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo. Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apóie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão. É por isso que repetidamente tenho insistido na necessidade de retornar, por assim dizer, à “letra” do Concílio - ou seja, aos seus textos - para também encontrar o seu verdadeiro espírito; e tenho repetido que neles se encontra a verdadeira herança do Concílio Vaticano II. A referência aos documentos protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. O Concílio não excogitou nada de novo em matéria de fé, nem quis substituir aquilo que existia antes. Pelo contrário, preocupou-se em fazer com que a mesma fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança.

Se nos colocarmos em sintonia com a orientação autêntica que o Bem-Aventurado João XXIII queria dar ao Vaticano II, poderemos atualizá-la ao longo deste Ano da Fé, no único caminho da Igreja que quer aprofundar continuamente a “bagagem” da fé que Cristo lhe confiou. Os Padres conciliares queriam voltar a apresentar a fé de uma forma eficaz, e se quiseram abrir-se com confiança ao diálogo com o mundo moderno foi justamente porque eles estavam seguros da sua fé, da rocha firme em que se apoiavam. Contudo, nos anos seguintes, muitos acolheram acriticamente a mentalidade dominante, questionando os próprios fundamentos do depositum fidei a qual infelizmente já não consideravam como própria diante daquilo que tinham por verdade.

Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras a uma efeméride, mas porque é necessário, ainda mais do que há 50 anos! E a resposta que se deve dar a esta necessidade é a mesma desejada pelos Papas e Padres conciliares e que está contida nos seus documentos. Até mesmo a iniciativa de criar um Concílio Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização – ao qual agradeço o empenho especial para o Ano da Fé – enquadra-se nessa perspectiva. Nos últimos decênios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. Qual fosse o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, no tempo do Concílio já se podia perceber a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, o vemos ao nosso redor todos os dias. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho. A primeira Leitura falava da sabedoria do viajante (cf. Eclo 34,9-13): a viagem é uma metáfora da vida, e o viajante sábio é aquele que aprendeu a arte de viver e pode compartilhá-la com os irmãos - como acontece com os peregrinos no Caminho de Santiago, ou em outros caminhos de peregrinação que, não por acaso, estão novamente em voga nestes últimos anos. Por que tantas pessoas hoje sentem a necessidade de fazer esses caminhos? Não seria porque neles encontraram, ou pelo menos intuíram o significado do nosso estar no mundo? Eis aqui o modo como podemos representar este ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos.
Venerados e queridos irmãos, no dia 11 de outubro de 1962, celebrava-se a festa de Santa Maria, Mãe de Deus. A Ela lhe confiamos o Ano da Fé, tal como fiz há uma semana, quando fui, em peregrinação, a Loreto. Que a Virgem Maria brilhe sempre qual estrela no caminho da nova evangelização. Que Ela nos ajude a pôr em prática a exortação do Apóstolo Paulo: “A palavra de Cristo, em toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros, com toda a sabedoria... Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus. Por meio dele dai graças a Deus Pai” (Col 3,16-17). Amém.



sábado, 6 de outubro de 2012

Bento XVI concede Indulgência plenária por ocasião do Ano da Fé


Cidade do Vaticano (RV) – Por ocasião do Ano da Fé, o Papa Bento XVI concede o dom da Indulgência Plenária.

A Penitenciaria Apostólica estabeleceu as seguintes disposições para obter a Indulgência plenária válidas de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013:

Poderão obtê-la todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, que tenham expiado os próprios pecados com a penitência sacramental e elevado orações segundo as intenções do Sumo Pontífice:

- toda vez que participarem de pelo menos três momentos de pregações durante as Santas Missões, ou de pelo menos três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou local idôneo;

- toda vez que visitarem em forma de peregrinação uma Basílica Papal, um catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um local sagrado designado pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, e ali participarem de alguma função sagrada ou se detiverem para um tempo de recolhimento, concluindo com a oração do Pai-Nosso, o Credo, as invocações a Nossa Senhora e, de acordo com o caso, aos Santos Apóstolos ou Padroeiros;

- toda vez que, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, em algum local sagrado participarem de uma solene celebração eucarística ou da Liturgia das Horas, acrescentando a Profissão de Fé em qualquer forma legítima;

- um dia livremente escolhido, durante o Ano da Fé, para a visita do batistério ou de outro lugar no qual receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas batismais em qualquer fórmula legítima.

Aos idosos, doentes e a todos os que por motivos legítimos não puderem sair de casa, concede-se de igual modo a Indulgência plenária nas condições de costume se, unidos com o espírito e com o pensamento aos fiéis presentes, especialmente nos momentos em que as palavras do Pontífice ou dos Bispos Diocesanos forem transmitidas pela televisão ou pelo rádio, recitarem na própria casa ou onde estiverem o Pai-Nosso, o Credo e outras orações conformes às finalidades do Ano da Fé, oferecendo seus sofrimentos ou as dificuldades da própria vida.